sábado, 30 de agosto de 2008

o medo


Sempre que me olho ao espelho, reconheço o meu medo. Vejo-o nos meus olhos e não me apercebo do poder que possui sobre mim. Este medo consome-me, apodera-se de mim, do meu ser, da minha alma.




Afinal, qual a causa do medo? Desejo eminente, latente, de algum dia desafiar a morte. Sou um ser fraco, que não resiste ao pânico à adrenalina. Habito na noite, no local mais escuro.



Medo que me consome, que me obriga a dar expressão ao sentimento. Medo que me possui, que me comanda. Medo que me governa.



Faz sofrer, o medo. No entanto, já se apoderou do meu ser há tanto tempo que acabei por me habituar à sua presença. Roubou-me toda a esperança, apoderou-se de todas as lembranças. Quero soltar-me, livrar-me deste medo que me destrói. No entanto sei que voltará para sempre, para atacar o que me constrói…


Inês Retorta 16.Mai.2008

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

dores de cabeça

"Dói-me a cabeça e o universo.”
Fernando Pessoa


Este mundo em que vivemos está cada vez pior. Não tem a capacidade de se autorenovar, de expulsar da sua superfície as pessoas que nele não merecem viver.

Vivemos num mundo de guerra, fome, desemprego. Desgraças são muitas e vêmo-las ou ouvimo-las todos os dias nos noticiários.

Os noticiários são o pior de todos os filmes de terror. Especialmente porque demonstram a realidade fria e cruel, nua e crua, pura e dura. Ao ver aquelas imagens de um mundo doente, pelo qual não podemos fazer nada, fica-se com uma dor no coração.

E damos voltas e voltas à mente, tentando encontrar soluções para todas as doenças do mundo. Só que não encontramos nada que possa melhorar o mundo, o universo e daí resulta uma gigantesca dor de cabeça. Esprememos tudo o que temos até ao último pensamento e não encontramos nada.

As guerras, a fome e os problemas do mundo continuam. O universo permanece doente, e assim permanecerá, até que existam seis biliões de cabeças a pensar em vez de apenas uma com dores de cabeça.

Dói-me a cabeça de tanto pensar. E dói-me o universo de tanta doença, tanta poluição sem uma única solução…



Inês Retorta 6.Jun.2008

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

cartas de amor & amizade

Uma lágrima. Não, mais. Chorar é o que me acontece, por não poder estar perto de ti, por não poder sentir nem um pouco da tua alma junto de mim. Podes estar perto e longe ao mesmo tempo, é bem possível. Estar a pouca distância de mim fisicamente, e no entanto… a tua mente encontra-se totalmente ausente. Conheces-me tão bem como eu a ti, ou provavelmente eu conheço-te pior. Não temos tempo nem para dizer “bom dia”. Há meses que não te vejo, há anos que sinto a tua falta. Mas a verdade é que estás sempre na minha mente…

Muitas vezes sinto que já cresceste comigo. Que sempre fizeste parte de mim. Sempre me ensinaste a ver o lado brilhante e radioso das coisas, mesmo naqueles dias tão… cinzentos, em que nem me apetece abrir os olhos. Contigo aprendi o que era a diversão, como era ser, digamos “criança”. Fizemos as coisas mais estapafúrdias que se pode imaginar. Durante algum tempo, éramos… não sei. Amigos? Talvez. Pelo menos era o que parecia. E ainda hoje é assim.

Sempre me perdoaste por todas as asneiras, sempre me soubeste aceitar tal e qual como me apresento. Fizeste-me chorar, fizeste-me rir. Também me fizeste ficar extremamente impaciente e deprimida, é verdade. Mas sempre reconheceste as minhas qualidades e os meus defeitos. Soubeste sempre aceitar e pedir desculpas, mesmo que o orgulho te impedisse de o fazer.

Sim, és orgulhoso. Não te posso dizer que não, pois estaria a mentir. E sendo a minha vida um rol de mentiras, não me quero tornar mentirosa. Portanto, sim, és orgulhoso. Mas humilde ao mesmo tempo. Sincero. E um amigo extraordinário.

Se sinto que posso contar contigo? Por favor, não me obrigues a responder. Estamos afastados há demasiado tempo e eu sinto demasiado a tua falta para se dizer que sim, que ainda posso contar contigo. Já tu, tens a minha palavra (e sabes que eu sou sincera), podes contar sempre comigo. Para tudo o que precisares.

E são estas as cartas. Cartas de amor/amizade de alguém que chora, mas chora por ter a felicidade de um dia ter conhecido alguém como tu.


Para Luís Paulo
Inês Retorta 9.Abr.2008

terça-feira, 26 de agosto de 2008

let me fall


I feel chained, chained down
You shoved me to the ground
I can't run, I can't shout
Just let me out


For someone heartless, this couldn't mean less
Gonna push it in your face
I'm only human
And I've got something to say


Let me rise, let me fall
Let me breathe
I wanna lose control, I'm not afraid to lose it all
Let me break, let me crawl
Cause I'll get back up again if you let me fall

If I burn down in this fire
Well, I've got myself to blame
I can't stop or give it up
I need to feel the pain


Can you hear me?
Don't come near me
You'll just get in my way
I'm only human
And there's nothing you can say


Let me rise, let me fall
Let me breathe
I wanna lose control, I'm not afraid to lose it all
Let me break, let me crawl
Cause I will get up again if you let me fall

Say you know who I am and what I'm about.
And you'll understand I got to figure it out.
And live my own life.


Let me rise, let me fall
Let me breathe
I wanna lose control, I'm not afraid to lose it all
Let me break, let me crawl
Cause I will get up again if you let me fall



I will get up again if you let me fall
If you let me fall
Let me fall

Alexz Johnson: Instant Star, Vol.1

o sono

É de madrugada e eu não consigo dormir. Estranho. Por esta hora já costumo sonhar com tudo o que se passou durante o dia. Por algum motivo hoje não esqueço, dormindo sobre o assunto. É estranho, estando tudo tão silencioso. Nem um passo se ouve.

Provavelmente estou acordada apenas porque quero. Porque faço um esforço sobrenatural para não sucumbir ao sono e o descanso. Que não é eterno.

Mas, talvez, vendo tudo por um outro prisma, apenas esteja acordada porque não quero que o dia acabe. Bem vistas as coisas, em termos leigos, o dia já terminou há coisa de duas horas. E eu continuo sem dormir.

O que fazer então, quando as emoções do dia ultrapassarem a necessidade física de descanso? Eu, escrevo. Existe quem desenvolva pequenos rituais indispensáveis para uma noite bem dormida. Eu também não os dispenso, apenas preferi reflectir sobre o assunto hoje, noite rara de insónia.

Há muito que não tenho uma noite assim. É frustrante, pois uma parte de mim quer manter-se acordada, a outra deseja profundamente dormir.

E eu aqui fico, impávida e serena, escrevendo sobre os nervos e a frustração que me dão uma noite mal dormida…

Inês Retorta 22.Jun.2008 02h16

quarto-escuro

Brincar ao quarto escuro com as palavras sempre foi dos meus passatempos favoritos. Gosto de todas, até mesmo as mais perversas e inapropriadas.

Há palavras extremamente polidas, as palavras caras, que me dão um gozo especial. Dizer, ou escrever, coisas como ‘subordinação’ e outras do género sempre me deu uma sensação de inteligência. Em várias línguas.

Afinal, porque é que escrevo? Há-de ser um hobbie como qualquer outro. Escrevo qual workaholic, totalmente viciada no trabalho da escrita, ou noutra coisa qualquer. Escrevo porque gosto. Não tenho horas para escrever, não tenho horas para acabar de o fazer. Apenas escrevo quando me ocorre, quando a inspiração me sobe ao encéfalo.

E é nestas alturas que escrevo, sem tempo determinado. Se algum dia se lembrarem de dizer “Ena pá, esta gaja sabe escrever”, então orgulhar-me-ei do que faço, do meu hobbie sem qualquer fim lucrativo.

E sobre que escrevo? Como reflexões ao almoço, janto problemas da vida e ao pequeno-almoço faço auto-entrevistas. Estas últimas são o meu prato favorito em todo o menu. Gosto especialmente de me sentar em qualquer lugar e olhar para dentro. Sentir o que só eu sinto, dizer o que só eu digo. Enfim escrever como só eu escrevo.

Não nasci para escrever, aliás nunca afirmaria tal coisa. Comecei a ler cedo e na escola primária achava que “o popó do vovô” era das melhores coisas que poderia escrever na vida. Ao crescer deram-me vários dons linguísticos, que nunca soube aproveitar. Até hoje.

Devoro palavras, digo-as todas com a mesma musicalidade. Escrevo o que me vai na alma, o que se passa no mundo. Tirando, claro aqueles dias tão fodidos que nem me apetece sair da cama. Aí a inspiração vai-se com a chuva e não escrevo até chegar o sol…

Inês Retorta 30.Mai.2008

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

the space between

You cannot quit me so quickly
There's no hope in you for me
No corner you could squeeze me
But I got all the time for you love



The space between
The tears we cry...
Is the laughter that keeps us coming back for more
The space between...
The wicked lies we tell and hope to keep safe from the pain
But will I hold you again



These fickle fuddled words confuse me
Like will it rain today
We waste the hours with talking, talking
These twisted games we’re playing
We’re strange allies
With warring hearts
What a wild eyed beast you be




The space between
The wicked lies we tell and hope to keep safe from the pain
But will I hold you again
Will I hold


Look at us spinning out in the madness of a roller coaster
You know you went off like the devil in the church
In the middle of a crowded room
All we can do my love
Is hope we don’t take this ship down



The space between
Where you smile and hide
Is where you’ll find me if I get to go
The space between
The bullets in our fire fight
Is where I’ll be hiding waiting for you


The rain that falls
Splashed in your heart
Ran like sadness down the window into your room



The space between
our wicked lies is
Where we hope to keep safe from pain
Take my hand
Cause we’re walking out of here
Right out of here
Love is all we need dear


The space between
What’s wrong and right
Is where you’ll find me hiding
Waiting for you
The space between
In your heart and mine
Is the space we’ll fill with time
The space between


Dave Matthews Band: Everyday, 2001

presa por ter coração...


É tarde e a noite está escura. Sinto o coração bater, invulgarmente acelerado, à espera que os olhos se fechem e a mente mergulhe num sono profundo. Que sei que não virá, pois a única coisa presente na minha mente é.. És tu. Lembro-me de quando te vi naquela noite fria de Agosto, sentado à porta de casa a olhar as estrelas.


E penso em como gostava de ser uma estrela nesse teu mundo, para me olhares da mesma forma, com a mesma admiração e curiosidade. As palavras perdem-se à medida que as escrevo, perdem-se comigo, como eu. Perdem-se no imenso caminho sofrido e custoso que me guia até ao teu mundo, no mais profundo do teu coração. Uma obsessão imensa, sem finalidade, objectivo de espécie alguma. Eu apenas caio na armadilha e sofro com isso. Presa por ter coração...




Inês Retorta 25.Ago.2008

domingo, 24 de agosto de 2008

little miss obsessive

Am I the reason why you tossed and turned last night?
Everything is such a blur, it didn't come out right
All of a sudden it's cold and we're falling apart
No this can't be please don't leave me alone in the dark


And I guess we're really over, so come over, I'm not over it
And I guess we're really over, so come over, I'm not over it
Late night you make me feel like I'm desperate, I'm not desperate
A little bit possessive, little miss obsessive, can't get over it.


I never been a fan of long goodbyes
I'm at the finishline and you're just way too far behind
In the morning, I got in the fight with myself
I got the bruises to prove it
Then I swallowed your words and spit them right back out


And I guess we're really over, so come over, I'm not over it.
And I guess we're really over, so come over, I'm not over it.
Late night you make me feel like I'm desperate, I'm not desperate
A little bit possessive, little miss obsessive, can't get over it.


Now, it's like a fairy tale without a happy ending
But then again maybe we are just pretending
Why does it have to be so unfair?
Tell me that you care.


And I guess we're really over, but come over, I'm not over it.
And I guess we're really over, so come over, I'm not over it.
Late night you make me feel like I'm desperate, I'm not desperate
A little bit possessive, little miss obsessive, can't get over it.




Ashlee Simpson: Bittersweet World, 2008

amor vs. desilusão

Afinal, para que precisamos do amor? Traz-nos as maiores desilusões, faz-nos sofrer. A verdade é que o amor nos faz falta. Pelo menos, àqueles que possuem um coração e pretendem fazer algum uso dele. Mas continuo sem entender, para quê?

O amor é bem capaz de nos estragar a vida. Conheço muito boa gente que seria capaz de deitar a vida para o lixo por amor. Este energúmeno, o amor, leva-nos acreditar em tudo. A criar uma fantasia tão imensa e tão intensa, que ao fim de um tempo pensamos que é real. E isso estraga-nos a vida. Dá-nos cabo do espírito, arruína-nos a alma. E continuo sem perceber qual a sua finalidade, se só causa estragos…

É claro que há pessoas que se transformam com o amor. Acendem um fogo novo, descobrem a Novidade, ficam com um brilhozinho especial nos olhos. O pior é quando, de um momento para o outro, tudo isso desaparece…

O mundo desaba. Cai-nos em cima, literalmente. Depois disto o que vem? Vem o drama, o choro, a depressão. Ficamos a chafurdar na auto-comiseração. E para quê? Ou, melhor, porquê? Por causa do amor. Única e exclusivamente o amor.

É por isso que agora começo a perceber, que, apesar de ser das coisas mais belas do mundo, há muitos que não a têm. E porquê? Porque o mundo assim o obriga.

Todos acabamos por nos entregar, mais cedo ou mais tarde. E tudo nos pode parecer o mais fabuloso possível quando amamos e somos amados. Quando descobrimos “o outro em nós e nós no outro”, como outrora alguém disse.

No entanto, quando tudo se acaba, sentimos que nos entregamos ao lixo. Não tenho maneira melhor de o descrever. Passado algum tempo, depois de entregarmos de todo a nossa vida a alguém em quem confiamos, somos deitados à rua como seres desprovidos de qualquer sentimento.

E em alturas como esta, cada um deve interrogar-se se a vida vale a pena. Ou então, interrogar-se se, no meio do seu altruísmo haverá espaço para algum egocentrismo. Isto porque uma pessoa não pode dar tudo da sua alma, da sua mente, do seu espírito a outros, sem parar um pouco para pensar em si mesma.

Um pouco de egocentrismo faz bem a todos. Se estivermos sempre e constantemente preocupados com o bem-estar dos outros, sentimo-nos seres sem alma, pois não paramos nem um minuto para pensar em nós.

E é assim o amor. Cruel ciência do mais impuro coração…
Inês Retorta 18. Abr. 2008

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

jogos



A vida é um jogo. Sempre foi assim, desde os primórdios da existência humana. É uma espécie de lei universal, e quem não sabe jogar este jogo que é a vida está destinado a passar o resto dos seus dias num mar de infelicidade.


O amor é um jogo. Brinca com os nossos corações as nossas mentes e os nossos sentimentos. Usa e abusa de nós, a troco de nada. É pelo prazer do consumismo humano, consumo de uma alma apaixonada.


Tudo na vida se torna um jogo, cruel e difícil. Passam-se os mais duros obstáculos, os dias. Espiritualidade e filosofias de vida não nos servem de nada para vencer um jogo que não tem vencedores.


Mas, o mais duro de aceitar, é o facto de todos sermos obrigados a jogar este jogo, desde o momento em que pusemos os pés no planeta pela primeira vez…


Inês Retorta 20.Jul.2008

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

a vida

Quem sou eu afinal? A poetisa das noites mais duras e mais frias, aquela que ninguém quer e sobre quem ninguém fala… Os meus textos são apenas meros reflexos de um espelho a que gosto de chamar a vida. Reflectidos em palavras que podem ser tão belas, ou tão horrendas como a vida em si.

Afinal, o que faço aqui? Nem eu sei. Espero por alguém que leia um dia algo que escrevi e pense “bolas, esta sabe escrever”. Não, não pretendo fama em nenhuma das suas acepções. Sou apenas aquela que estima os outros mas que ninguém estima, que se sente maltratada pelo mundo e por aqueles que a rodeiam, sem nunca perder aquela curiosidade que faz de mim uma pessoa esquisita mas fantástica.

Sim, fantástica. Não sou egocêntrica, mas neste contexto, a palavra apenas me parece adequada. Amo a vida em todas as suas formas. Já passei por muito, é verdade. Mas nunca perdi a vontade nem a curiosidade de aprender este mundo que me rodeia. Aprender o mundo, aprender as pessoas. Aprender a vida.

Viver pode ser a coisa mais maravilhosa do mundo. Basta aprender a fazê-lo. E, primeiro que o façamos, caímos e voltamos a levantar-nos. Aprendemos a cair. Apenas depois aprendemos a vida, aprendemos a viver. Todos nós procuramos desesperadamente uma maneira de nos livrarmos das quedas. Mas terá essa maneira que procuramos de passar necessariamente pelo caminho mais difícil? Teremos de forçar a Morte para o conseguirmos? Talvez desafiar a vida? Não sei. Passei por todas elas, e talvez ainda não tenha acabado. Mas, finalmente, começo a perceber que sentido dar à minha vida, a esta viagem que amo.

Se tudo aquilo por que passei até agora não me levaram a forçar a Morte (bem, talvez quase), apenas me fizeram mais forte. E, cada dia que passa por mim a uma velocidade alucinante sinto mais um pouco dessa força. Chama-se atravessar a estrada da vida. Do caminho mais difícil para o caminho mais fácil. Há um tempo atrás, conhecia-me a mim mesma do lado errado da estrada, do caminho mais difícil. Agora que me sinto mais forte, agora que começo a sentir verdadeiramente o que é a vida, vou a meio da estrada. Em direcção ao caminho mais fácil…

Inês Retorta 7.Abr.2008

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

rebirth

Há certas coisas que temos necessidade de mudar. Sentimos que não estão certas, que fazem parte do passado, e por isso pretendemos eliminá-las da nossa vida e da nossa memória. Com este novo blog, inicio um novo capítulo da minha vida. Aos dezasseis anos, ainda tenho muitos capítulos para escrever, num livro ainda cheio de páginas brancas novinhas em folha. Em suma, tenho a vida toda pela frente.

O importante é que, ao iniciar este meu novo capítulo, não me esqueço de tudo aquilo por que passei. Sofri muito e aprendi com isso. Tive crises existenciais e psicológicas, e não sabia se pertencia a este mundo. Hoje, tenho um livro escrito, que é um dos meus orgulhos, e montes de textos. A escrita é algo que me liberta, me solta desta capa que é a adolescência. É uma fase muito crítica das nossas vidas. Mas é ultrapassável.

Espero então que, este novo capítulo resulte num renascimento, em que a alma sai finalmente do seu casulo e parte em busca da felicidade.