terça-feira, 26 de maio de 2009

crise de escrita

Não consigo expressar-me em condições. É tão frustrante, querer dizer que te amo e não chegar nem a metade de uma palavra tão pequena. A frustração cresce bastante para além do meu problema de expressão. Quero escrever e não posso, quero PENSAR e não posso. Realmente, é complicado. Chateia-me que exista quem escreva a maior porcaria e a mostre, ao passo que eu procuro a perfeição. E as linhas, as palavras que escrevo agora não são nem de perto nem de longe, perfeitas.

Sinto-me um pouco perdida, pois ainda não recuperei totalmente da ferida que deixaste. Perdi o fio à meada e à conversa, navego sem rumo neste mar de palavras, letras e acentos que é um texto. Chateia-me andar sem norte. E especialmente sem que te apercebas. Tu, que és causa, consequência e solução do meu problema de expressão.

Não sei que mais dizer. Se eu parasse por aqui, paravas comigo e esquecias tudo o resto? Esquecias aquilo que nos dizem, para me mostrares de novo este jardim de palavras? Não creio que o fizesses. Mas de uma maneira ou de outra, tenho que te dizer que, para mim, brilhas mais intensamente que qualquer outro alguém que eu conheça. Se te fores embora, acenarei um adeus, e continuarei a ver-te brilhar. Sempre.

Como uma faca que trespassa o coração, uma verdadeira crise de escrita trespassou-me o cérebro. Para ficar.