quinta-feira, 30 de outubro de 2008

quero...

No meu pequeno mundo, quero, posso e mando. Sonho ingénuo, nunca hei-de mudar. Queira muito, mas não posso. Não tenho. Não mando. Sou eu, mas subordinada aos outros. Eles é que me comandam, me governam. Será assim para sempre. Para que eu não me perca.
No entanto ando perdida. Sempre. Neste grande manicómio que é o amor. Quando estás por perto não tenho palavras. Quando te afastas, as palavras vêm aos tropeções. É mau, mesmo muito mau. Não sei se te amo, se te adoro, se gosto de ti. Confuso, não ?
Muito, sinto-me tão perdida... Nem sabes a falta que fazes. Nem sabes o que magoa, ouvir-te falar naquela de quem realmente gostas, e não poder fazer nada para mudar tudo a meu favor. Mas eu não espero que percebas. Amigos, dizes tu. Somos e sempre seremos e isso não mudará.
Talvez esteja a ser egoísta. Estou mesmo. Mas não consigo parar de pensar na perfeição que seria, estar agora à tua frente. Eu que nunca me quis apaixonar. Eu que não acredito no amor...
Mas eu não quero nada disto. Desisto.
(Sabes bem que te amo, mas não consigo lutar mais por ti.)

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

protegida...

Antigamente, chorava sozinha. Sofria sozinha. Sentia-me só, insegura. Não havia nenhum ombro onde pudesse chorar, ninguém com quem partilhar as minhas incertezas, os meus medos, as minhas dificuldades. Desprotegida, despida de qualquer tipo de emoção...

Sempre foi assim. Tentavam ajudar, mas nunca se disponiblizaram verdadeiramente para compreender. Nunca lhes pedi perdão. Nunca lhes pedi nada. Fui egoísta e egocêntrica, fechei-me no meu mundo de terror e de sangue, onde sofria, com e sem razão, chorava... Sempre sozinha. Queria a companhia de alguém que me protegesse, mas ao mesmo tempo sentia-me a afastar tudo e todos. O meu coração fechado a sete chaves, todas elas perdidas algures no tempo e no espaço, sem que nunca ninguém as encontre.

Fria. Sozinha. Desprotegida. Sentia tudo e não sentia nada, vagueava pelo mundo sem alma nem qualquer espécie da mesma. Morreu, fugiu, decompôs-se.

Assim fui e permaneci durante muito tempo. Demasiado tempo. Medo de me entregar, de confiar. Até aparecerem aqueles anjos, que me salvaram de mim mesma e não pediram nada em troca.

Tinha finalmente um ombro onde chorar, alguém que me protegia. O meu coração, há muito fechado, perdido, foi descoberto e guardado num local seguro, onde nada o possa afectar. Os anjos salvaram-me, tiraram-me daquele mundo de verdadeira tortura e trouxeram-me de volta à vida. Nova, melhorada. Renascida das cinzas da violência.

Todos os momentos passados com vocês são mágicos. Sei que vocês estão comigo, para o bem e para o mal... Há um mês que estamos juntos, e sinto que já vos conheço há anos... Obrigada por serem quem são, obrigado por me protegerem do mundo e, acima de tudo, obrigada por me deixarem ser quem sou. Estarão sempre comigo, têm lugar cativo no meu coração !

Texto dedicado a:
Patty Star
Jess Kandyland
Jessy Lil'sista
Mémé Sing-a-long
Hippie Mary
Sílvia I-don't-care
Ritinha Baby Loo
Tata Efron
Bruninho Huskie
Pedrão
...
<3 ADORO-VOS PARA LÁ DO IMENSO ! VOCÊS ESTÃO COMIGO, SEMPRE ! <3

domingo, 19 de outubro de 2008

o lugar

Às vezes é difícil sentir que no mundo há lugar para nós. Queremos um lugar, um cantinho só nosso onde nada nos afecte. Onde o amor não seja só um jogo e sim uma dádiva que não traz senão felicidade. Onde o ódio não exista. Um cantinho só meu.

Quero acreditar que o amor existe. Quero mesmo. Mas é um jogo, um filho da puta de um jogo que eu não quero nem posso jogar. Só vejo pessoas a sofrer por causa desse sujeito e a troco de quê? Absolutamente nada! Não traz felicidade, não em situações assim.

Farta de sofrer, de jogar este jogo sem qualquer fim nem princípio, fecho-me no meu canto, na minha concha. Não quero nada disto, não pedi para ser assim. Mas porque é que o amor é isto? Não tenho paciência. Não vou viver por ti nem através de ti.

O amor é um lixo, uma fantasia que só os mais sonhadores se podem dar ao luxo de alcançar. Eu não, sendo a mais simples, comum das mortais. Como é que se joga um jogo sem cartas, dados, peões ou tabuleiro?

Não sei. Nunca vou saber. Este é apenas um jogo que não me arrisco a jogar. Não tão cedo. Não agora.


Inspired by Jéssica Cunha

domingo, 12 de outubro de 2008

alone

Sozinha numa sala cheia de pessoas. Decerto já não será a primeira vez. Sentimento de vazio, de algo que não está bem e que me persegue a cada momento. Não, não quero, não posso, não gosto de me sentir assim.
Acabo, suspiro, definho. E toda esta gente aqui, agindo com a maior das naturalidades e como se no mundo tudo estivesse bem. Eles aqui, ao meu lado, inocentes, impávidos e serenos. Como se nas minhas mãos não houvesse sangue, como se eu não estivesse completamente imunda de toda a crueldade e injustiça.
Sangue. Vermelho, viscoso. escorre pelas mãos, pernas, corpo. Insolente e sincero. Puro. Haverá algo mais puro que o sangue ? Limpo, vermelho, viscoso. Vai manchando o chão, as paredes.
Não há nada a fazer. Consome com a sua pureza. Mata. E eu sou um ser fraco. Frágil. Débil. Estou a morrer por dentro e por fora. Preparo-me para o julgamento final, o fim derradeiro e único. Cruxificada a esta vida, não tenho escolha. E resisto até sucumbir por fim ao prazer da morte. Deixo-me consumir, eternamente, pelo sangue, pela terra. Por tudo o que é puro. Acabo. Para sempre.
Imunda e submissa, não tenho escolha.


- Leva-me para longe daqui !

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

fall for you

The best thing about tonight’s that we’re not fighting
It couldn’t be that we have been this way before
I know you don’t think that I am trying
I know you’re wearing thin down to the core


But hold your breath


Because tonight will be the night that I will fall for you
Over again
Don’t make me change my mind
I won’t live to see another day
I swear its true
Because a girl like you is impossible to find
You’re impossible to find



This is not what I intended
I always swore to you that I would never fall apart
You always thought that I was stronger
I may have failed
But I have loved you from the start



Oh, But hold your breath



Because tonight will be the night that I will fall for you
Over again
Don’t make me change my mind
I won’t live to see another day
I swear it’s true
Because a girl like you is impossible to find
It’s impossible to find



So breathe in so deep
Breathe me in
I’m yours to keep
And hold onto your words
‘Cause talk is cheap
And remember me tonight
When you’re asleep



Because tonight will be the night that I will fall for you
Over again
Don’t make me change my mind
I won’t live to see another day
I swear it’s true
Because a girl like you is impossible to find



Tonight will be the night that I will fall for you
Over again
Don’t make me change my mind
I won’t live to see another day
I swear it’s true
Because a girl like you is impossible to find
You’re impossible to find

corta !

Não te quero mais aqui. Bem, quero. Nunca vás. Não partas, não leves o meu coração contigo. Não me deixes aqui, sem coração, a sangrar até à morte. Quero-te aqui comigo para sempre. Não me quero afastar, não quero partir, não quero que partas. E aqui acaba tudo.

Sento-me, com lágrimas nos olhos. Tenho saudades, terei saudades. Como já te disse não quero que partas. Não mereço nada do que me faças, ou do que me dês. Eu não te mereço. Sou parva, ignorante. Não sei o que sinto, o que penso, o que faço. Levaste-me tudo.

Ensinaste-me o que era a amizade. Trataste-me bem, apesar de eu não merecer nada disso. Contigo sentia-me uma princesa. Agora que partiste… sou um mero membro da plebe. Não sinto, não penso, não faço.

Apenas eu, tu e um grande mar de distância… Nada mais ficou.