Como se isso me preocupasse. Convivo demasiado perto com a traição para poder argumentar sobre o verdadeiro significado do amor. Da paixão assolapada. Daqueles clichés, totalmente old-fashioned e deveras entusiasmantes que já todos esqueceram. De qualquer maneira, sei que deve ser muito mais que coraçõezinhos de peluche. Pouco importa.
Como um raio, a nostalgia atinge-me. Relembro com carinho como tudo começou, esforço-me arduamente para esquecer como acabou. De repente, sinto-me satisfeita - a ferida não é nada que não sare. Qualquer coração partido vai sarando, com o tempo, mas a marca fica sempre no devido lugar. Enquanto o momento apropriado não chega, perco-me nos benefícios de uma amizade de longa data (às vezes não tão longa quanto isso), que vêm anexados de pouca roupa, muito suor e cigarros depois de uma noite de pouco ou nenhum sono. A doce liberdade dos solteiros - sem sentir, sem magoar. E sem ser magoado.
De repente, deixa de fazer sentido para a gente solteira deprimir sobre um dia tão comercial como este:
- há sempre um benefício escondido que nos aguarda.
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