Enquanto aguardo pacientemente algo feliz no meu dia, sento-me desconfortavelmente a observar as vidas alheias. Aqui, enquanto espero o autocarro que me levará de volta a casa, onde poderei chorar à vontade, observo gente. Mais gente. Pessoas ao telefone, crianças, pais frustrados que dão a vida pelos filhos e 60 segundos de confusão. Começo a divagar, perdida nos meus pensamentos. Desejo esconder-me, pois hoje é apenas mais um daqueles dias em que nada parece correr bem. Estou frustrada.
Só consigo pensar em coisas que para ti não têm importância alguma, como o medo que tenho de te ver partir e o facto de te querer permanentemente comigo. Pensamentos medíocres, tenho de aprender a dizer-lhes não. Pensar em como quero dizer que... não, não me vou apaixonar por ti. Não sou assim tão parva, não posso, não quero! E no entanto... Amo-te...
Sou uma presa fácil de mais. Mas quero ter o teu coração, arranjá-lo se estiver partido. Quero que me deixes fazê-lo, este desejo de te ter está a tomar conta de mim e de todos os meus pensamentos. Mas pelo menos estou a ser verdadeira e fiel aos meus sentimentos. Também sei que nada disto importa. Pelo menos para ti e para o teu coração de gelo.
Deixa-me cuidar de ti, não te vou magoar nem espezinhar o coração. Confia em mim, por favor. Vou para onde fores, estou sempre contigo. Continuo a ter medo do sempre, mas enquanto me deixares ser tua, estou bem. Meu deus, estas palavras não fazem sentido nenhum. É exactamente assim que me fazes sentir. Sem qualquer controlo nem poder.
Chego a casa, ainda perdida nos meus pensamentos, começando a sentir que talvez nenhuma destas palavras devesse ter um propósito objectivo. São apenas palavas, meras expressões do meu coração. Talvez um dia perceba a finalidade de tudo isto. Por agora, deixa-me apenas dizer... Adoro-te...
1 comentário:
o amor tem tanto de belo como tem de feio . :$
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