O meu coração está feito em pedacinhos, tal como o espelho que se encontra partido no chão. Não há ninguém com quem possa partilhar a dor e as lágrimas. Ninguém disposto a ouvir-me ou compreender-me. Ninguém disposto a dar valor a este coração que sabe o que é sentir.
Há momentos das nossas vidas que queremos simplesmente esquecer. Outros, ficam para sempre connosco como que marcados a fogo na pele. Uma gargalhada, um elogio, uma palavra. Gravadas para todo o sempre na minha memória, por mais que tente esquecer. Todas relativas à mesma pessoa.
Meu deus, como sou ingénua. Talvez se eu fosse diferente, mais inteligente ou mais bela, o destino se tivesse alterado. Mas ele ainda não quer saber de mim e isso faz-me sofrer. A verdade é que já o adoro há demasiado tempo e estupidamente muito para esquecer. Pensava que a virtualidade das relações pudesse por um fim a isto, mas não.
Agora, não sou capaz de o olhar de frente, nem olhos nos olhos. Como eu gostava de me perder na imensidão daqueles olhos azuis… Mas não passo de uma idiota estupidamente apaixonada. O amor, agora percebo, foi feito apenas para os que conseguem arcar com o seu peso. Não para mim.
Acho que sou demasiado insegura para que alguém goste de mim e corresponda ao meu coração, à metade que há muito se perdeu.
Mas esse alguém está ainda longe de chegar. Não quero sofrer mais por ele, mesmo sabendo que a metade do meu coração que falta está na sua posse.
Quero muito aquilo que não posso ter. E o orgulho impede ambos de simplesmente falar...
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