quarta-feira, 22 de julho de 2009
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Enquanto aguardo pacientemente algo feliz no meu dia, sento-me desconfortavelmente a observar as vidas alheias. Aqui, enquanto espero o autocarro que me levará de volta a casa, onde poderei chorar à vontade, observo gente. Mais gente. Pessoas ao telefone, crianças, pais frustrados que dão a vida pelos filhos e 60 segundos de confusão. Começo a divagar, perdida nos meus pensamentos. Desejo esconder-me, pois hoje é apenas mais um daqueles dias em que nada parece correr bem. Estou frustrada.
Só consigo pensar em coisas que para ti não têm importância alguma, como o medo que tenho de te ver partir e o facto de te querer permanentemente comigo. Pensamentos medíocres, tenho de aprender a dizer-lhes não. Pensar em como quero dizer que... não, não me vou apaixonar por ti. Não sou assim tão parva, não posso, não quero! E no entanto... Amo-te...
Sou uma presa fácil de mais. Mas quero ter o teu coração, arranjá-lo se estiver partido. Quero que me deixes fazê-lo, este desejo de te ter está a tomar conta de mim e de todos os meus pensamentos. Mas pelo menos estou a ser verdadeira e fiel aos meus sentimentos. Também sei que nada disto importa. Pelo menos para ti e para o teu coração de gelo.
Deixa-me cuidar de ti, não te vou magoar nem espezinhar o coração. Confia em mim, por favor. Vou para onde fores, estou sempre contigo. Continuo a ter medo do sempre, mas enquanto me deixares ser tua, estou bem. Meu deus, estas palavras não fazem sentido nenhum. É exactamente assim que me fazes sentir. Sem qualquer controlo nem poder.
Chego a casa, ainda perdida nos meus pensamentos, começando a sentir que talvez nenhuma destas palavras devesse ter um propósito objectivo. São apenas palavas, meras expressões do meu coração. Talvez um dia perceba a finalidade de tudo isto. Por agora, deixa-me apenas dizer... Adoro-te...
quinta-feira, 9 de julho de 2009
brincar com o fogo
Não acredites nunca no “para sempre”, apenas porque naquele momento és feliz. Os contos de fadas não existem, e se és feliz num momento, no outro que se segue a pessoa que amas pode desiludir-te. E ficas sozinho, com o coração a transformar-se em pedra. Culpas a pessoa que estava contigo, porque foi ela, sim, ela, que pôs o teu coração assim. Mas a culpa é tua, por teres sido ingénuo e teres acreditado que podias ser feliz para sempre. Liberta-te disso. À cautela, da próxima vez que entregares o teu coração, fá-lo a alguém que saibas que não te vai magoar nunca. Alguém disposto a mantê-lo seguro, a guardá-lo. Alguém que não brinque com o fogo. Alguém diferente de ti.
Brinca mais, estraga o resto. Arranca o meu coração, e deixa-me aqui. Se o teu coração é de pedra, o meu é completamente o oposto. Sou demasiado sensível. Caio com demasiada facilidade. Sou ingénua, mas não o suficiente para brincar com o amor. Simplesmente, não acredito que exista. Não acredito no “para sempre” nem acredito em contos de fadas. Ninguém é de ninguém para todo o sempre, haverá sempre algo ou alguém que muda. Nem que seja apenas o tempo. Mas, apesar desta minha frieza e crueldade para com esse energúmeno que é o amor, acho que cá no fundo ainda espero que exista. Queres saber porque sou assim ? É óbvio, não é ? Tenho o coração partido. Rasgado, pisado, estragado. Magoado. Já está assim há muito tempo e nunca ninguém se dispôs a curá-lo. A culpa foi minha, por ter sido ingénua e acreditado no amor. Mas ainda sou capaz de sentir.
Quando digo que te adoro, é o que sinto. Quando escrevo, mais ainda. Por isso, acredita...